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  • A Irmandade da Santa Casa de Miseric rdia

    2019-06-25

    A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo é formada por membros da sociedade que passam Dehydroepiandrosterone ser chamados de Irmãos. Desses, são escolhidos os que compõem a Mesa Administrativa, a qual escolhe a diretoria, nomeados como provedor e superintendente. Em geral, são profissionais como médicos e educadores da sociedade paulistana, que consta não receber valores monetários ou vantagens pelo cargo exercido. O seconci é uma entidade filantrópica que provém do ramo da cons-trução civil na capital. O conselho deliberativo é formado por associados do setor, responsável pela escolha da diretoria e não recebem proventos pelas funções exercidas. A legitimidade evidencia-se como um anseio das entidades, especialmente por estarem em um espaço muito propenso a críticas e sob olhares de toda a sociedade. Destarte, a promoção das oss por meio de eventos e publicações é uma das ferramentas utilizada para difundir e legitimar suas ações. Foi possível rastrear vários eventos realizados para divulgação e análises do papel das oss em São Paulo. Em geral, consiste na promoção instigada por uma organização social com patrocínio de outras entidades da área ou mesmo pelo governo. O governo sempre se faz presente, por ser contratual o uso do símbolo e o descritivo oss. Todavia, também nas falas de afirmações explícitas de saúde pública, especialmente da vincula-ção ao sus. Além de procurar legitimar a atuação das oss, as falas proferidas e publicações levam a constar a ocorrência de um discurso similar. Entre os escopos, evidenciar a ação governamental e a busca por melhorar o atendimento na saúde, realçados por publicações como “atendimento 100% sus”, postagem dos símbolos do governo junto aos das oss, publicações de comparativos favoráveis, entre outros. A presença do governo é fundamental para calar críticas de terceirização, como citado por Gonçalves no Parecer sobre terceirização e parceiros na Saúde Pública: “a terceirização da Saúde, […] dá oportunidade a direcionamento em favor de determinadas organizações privadas, fraudes e malversação de verbas do sus”. Também se corrobora interesse em expor ações de aprimoramento da accountability, foco de muitas críticas sobre o tema. Sobretudo, real-çar o aspecto qualidade hospitalar, seja por meio da gestão dos recursos humanos, estratégias gerenciais ou exposição de certificados conquistados. Essas ações remetem-nos à justificativa, que Boltanski Dehydroepiandrosterone e Thévenot mencionam serem os combates dos agentes colocados em situações de discordância em um espaço social, como estímulo de argumentos persuasivos para se defenderem. A flexibilidade de contratação de mão de obra é uma das principais bandeiras dos defensores das oss. Com a root system flexibilidade, pode-se trocar de funcionário caso ele não se adéque as políticas do hospital, fato defendido por contratante e contratado, como afirma Wieliczka “Na os essa estabilidade está muito mais ligada à avaliação do desempenho deste profissional no seu dia-a-dia”. E manter o vínculo por atuação é reforçado pelos profissionais envolvidos. Observe: “Implica que temos compromisso com os resultados, trabalhamos para uma empresa —põem-se os objetivos ao cargo pretendido, se aceita o desafio ou não”. A projeção pelo desempenho por parte da organização —contratante— e seu reconhecimento pelo outro lado, o profissional contratado, pode atuar como sincronizador das ações desenvolvidas no hospital. A possível convergência nos interesses contradiz discursos como do presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo. Em entrevista à autora, Cavalhaes afirmou ocorrer índice elevado de rotatividade dos médicos, constatados pelo sindicato e acompanhados pelas rescisões. Seria uma parte apenas, pois muitos médicos se desligam sem fazê-lo devido serem contratados de outras formas (exemplo de autônomos). A flexibilidade para gerenciar os recursos humanos é também uma bandeira que acena nos discursos favoráveis às oss. A facilidade para contratar e demitir é confirmada maior do que na administração direta (estatutários), portanto a rotatividade tem possibilidade de ser superior. O fa-tor limitante fornecido no Contrato de Gestão é não ultrapassar os gastos com salários e afins em 70% do valor global das despesas de custeio. Nos relatórios, há variação de percentuais entre as entidades, demonstrando que políticas de recursos humanos são diferenciadas entre elas, mas há predominância nas contratações clt sobre a terceirização. As formas de contratação utilizadas pelas oss em seus hospitais gerenciados podem ser via registro clt (se demonstrou a mais usual), via cooperativas, contratados por equipes ou ainda podem ser contratados como pessoas jurídicas. A flexibilidade na contratação sempre é enfatizada pelos gestores da área.